Pedaços de história

Este é o portal principal do Convento de Santa Clara, com traços classicistas admiráveis. No frontão pode ver-se o vulto de Santa Clara. Enquanto convento, foi despejado em 1836, altura em que foi construído o Passeio Público e se instalaram as repartições públicas na parte que sobrou do Convento. Hoje é ocupado pelo Centro Social e Cultural da Paróquia de Pinhel e alberga o Cine-Teatro São Luís.

Um outro olhar ao longe da cidade "Falcão".

Aldeia do concelho que se esconde  no vale verdejante que desce até à ribeira das Cabras. É designada Carvalhal -Atalaia para se diferenciar do outro Carvalhal, freguesia de Gouveias. A sua igreja é antiquíssima e possue além de graciosos trabalhos de talha dourada, interessantes trabalhos de pintura. Recentemente foram feitos importantes obras na povoação, nomeadamente rede de águas e esgotos, calcetamento de todas as ruas bem como a construção de uma casa mortuária ao lado da igreja. Tem como padroeiro São Sebastião, tendo sido nomeado em 1706 pelo então Padre Carvalho da Costa. Os festejos em sua honra realizam-se de dois em dois anos.

Pereiro, aldeia do concelho, situada a cerca de 6 quilómetros da cidade de Pinhel, banhada ao fundo pela ribeira das Cabras. Povoação que em tempos foi berço da importante Ordem Militar da Alcântara. Na foto a Igreja Paroquial com uma torre sineira, já de construção posterior à igreja original, onde se venera com devoção S. Brás, cuja intercessão é invocada contra as dores de garganta e cujo padroeiro é o Menino Jesus.

Claustro existentes ao lado da Igreja de Sto. António, de onde desapareceram as colunas que sustinham o telheiro dos corredores superiores, é constituído por colunas dóricas de apreciável beleza. Este local foi palco de um enorme incêndio no inicio do séc. XIX, reduzindo a cinzas o que restava ainda das celas, casa do capitulo e cozinha do mosteiro. Hoje em dia podem ser visitadas apenas durante os festejos da Festa de Sto. António no mês de Junho.

A natureza também merece lugar na galeria das obras de arte do concelho de Pinhel. Talvez devido à sua beleza única tenha sido baptizado como... Barroco dos Milagres (Argomil)

A pouco mais de 1 km de Pinhel, encontrasse a interessante Ermida de Nossa Senhora da Torre, que se eleva sobre o Vale de Santiago. É um templo modesto, alvo de grande devoção. A festa anual celebra-se a 15 de Agosto e é, ainda hoje muito concorrida.

O pinheiro e a Torre... só falta o falcão em cima do pinheiro e o coelho em baixo nas suas raízes, para ser um postal ilustrado do simbolo da cidade de Pinhel.

Eis outra das "sex ianuae" (seis portas, em latim) da antiga Vila de Pinhel, cidade, desde 1770. De salientar que hoje podemos passar em todas as portas, devido à intervenção urbanística recentemente feita, onde os acessos foram significativamente melhorados, como se pode ver por esta foto.

Hoje trago-vos a Porta de S. João. Pois é, a cidade de Pinhel é uma cidade de portas abertas a todos os que a queiram visitar... ao todo são seis, sem madeiras, sem dobradiças e sem maçanetas... livres... arejadas e robustas.

Situado na rua da república, podemos apreciar este belo edifício revestido todo ele na sua fachada por azulejos vermelhos.

Foi construída muito provavelmente em 1621. A entrada principal fazia-se pela parede que se situa junto à porta de Santiago, tendo acesso a ela por uma escadaria nobre em granito delimitada por duas pilastras. As varandas são suportadas por cachorros de granito.

Edifício construído no ano de 1864, pertencente à família Metelo, apresenta testemunhos arquitectónicos de períodos anteriores na fachada (séc. XVII). Fazendo paredes meias encontra-se uma Capela com uma rica tribuna e várias imagens, tudo pertença do mesmo edifício e anexa a esta existe uma grande mata de carvalhos maior que o parque municipal.

Quero aqui partilhar convosco este achado que no meu entender será novidade para muitos dos pinhelenses e leitores em geral. Estas pequenas cédulas camarárias foram emitidas pelas várias municipalidades do pais com a finalidade de facilitar o troco com as notas maiores da época. Época essa que culminava com o fim da Primeira Guerra Mundial. A escassez de metais disponíveis para o fabrico de moedas levaram vários municípios portugueses a seguirem o exemplo de outros países do resto da Europa que também emitiram este tipo de "dinheiro". Estas cédulas aparentemente não tiveram a aprovação pela parte do Governo nem pela parte do Banco de Portugal, mas esse facto não evitou que as varias Câmaras Municipais as emitissem. E a Câmara Municipal de Pinhel não fugiu à regra, imitindo estas cédulas de 2 centavos com a foto do edifício do antigo Hospital de Pinhel.

Canhão é uma boca de fogo de artilharia também conhecida como Peça, destinada a disparar granadas em tiro tenso e consiste basicamente num tubo fechado na extremidade do qual é colocado o projéctil, com uma carga de projecção para impeli-lo a longa distância, com grande velocidade inicial. Este é o resto mortal de um canhão, que certamente devido ao seu uso intenso, terá rebentado ao disparar balas de pedra e ou ferro. Encontra-se no largo das torres do castelo, depois de ter saído da Praça Sacadura Cabral em frente ao Museu Municipal.

Principal rua do comércio local, ali cresceu a cidade em tempos. Com passeios estreitos mas rodeada de edifícios de construção robusta, está hoje quase deserta... resistindo meia-dúzia de comércios que ali teimam em permanecer, quiça esperando voltar aos saudosos dias com gentes agitadas entrando e saindo das suas lojas.

Ao principio da Rua da República, fazendo esquina à Praça Sacadura Cabral, encontra-se este edifício do séc. XVIII, exibindo janelas  com um curioso e delicado trabalho de rendilhados do período joanino.

A primeira pedra foi colocada a 26 de Dezembro de 1727, pelo Arcebispo de Vila Nova de Cerveira, Francisco Fagundes Lopes por ordem do alvará do rei D. João V. É o mais vasto templo da cidade, menos rico em obras de arte, mais simples nas suas linhas, tem contudo uma construção consistente em paredes de pedra que em certos pontos atinge os dois metros de espessura. Existem dois artísticos altares laterais, num dos quais está a imagem do Santo António a qual já me referi anteriormente.

Belo exemplar de uma obra-prima da escultura, é ignorado o seu autor. Ainda em criança, algumas histórias ouvi sobre a tentativa de roubo desta estátua.  A que me ficou na lembrança foi: "numa noite, dois homens que carregavam a estátua para dentro de uma carrinha, foram surpreendidos por um individuo que empunhava uma bengala, julgando estes que era uma espingarda, largaram a estátua e puseram-se em fuga". Podem apreciá-la na Igreja com o mesmo nome, também conhecida por "Igreja dos Frades", que até 1834 foi Convento de Frades Capuchos.

Uma das cinco portas da cintura amuralhada do castelo de Pinhel. O visitante pode ir pela Rua do Jogo da Bola e passar por ela. Sofreu uma intervenção de melhoramento e restauro que se pode notar na foto, o que veio permitir um melhor acesso às Torres do Castelo.

As escadas de caracol são sempre misteriosas: conturbam...   Esta bela escadaria pode ser apreciada na torre Sul do Castelo. Estreita é certo, mas de visita obrigatória.

Situado no actual edifício do IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional) na rua Silva Gouveia, temos um exemplar bonito e ornamentado do símbolo de Pinhel, mas de referir que no meu entender existe uma incongruência no símbolo, senão vejamos: - Nas gravuras existentes (in Pinhel Falcão , de Ilídio da Silva Marta), o coelho junto às raízes do pinheiro está do lado esquerdo e aqui está no lado direito. Acho que existiu um equivoco na feitura deste exemplar. Talvez nem o Dr. Marcelo Caetano deu por ele, quando em 12 de Outubro de 1969 ali discursou na varanda por baixo deste brasão, aquando da sua visita pelo distrito da Guarda, sendo este na altura o edifício da Câmara Municipal.

Homenagem feita pela terra que o viu nascer, este monumento encontra-se situado no Largo com o mesmo nome, General Farinha Beirão. No meu entender, um largo pouco dignificado, esquecido e sem relevância, merecia talvez um arranjo urbanístico mais moderno.

Em 18 de Novembro de 1897, António da Silva Gouveia. homem com uma fortuna abastada na altura, ofereceu o edifício e a área circundante à Misericórdia para ali ser instalado o novo hospital da cidade que na altura já dispunha de sala operatória, equipamentos de raios ultra-violetas e até máquina para fazer gelo. Situado na Rua Silva Gouveia, este edifício que continua propriedade da Santa Casa da Misericórdia e que até 1998 foi Quartel da G.N.R., encontrasse hoje ao abandono. Merece que lhe seja dada uma atenção urgente.

Edificada no século XVI como Capela do antigo Convento das Clarissas de S. Francisco, foi fundada por Luís de Figueiredo Falcão e posteriormente foi Sé Catedral de Pinhel. É hoje Igreja Matriz, apresentando talha barroca no altar-mor, tecto em caixotões com representação hagiológica e azulejos seiscentistas policromados e um púlpito artístico. Sobre a entrada da sacristia encontra-se o sarcófago do seu fundador, em mármore com as respectivas armas. Do lado da epistola, podemos admirar o túmulo de D. Cristóvão de Almeida de Brito, primeiro Bispo que residiu em Pinhel, já que o primeiro, por ter sido nomeado Bispo do Porto, não assumiu na prática o seu cargo. Sofreu recentemente obras de restauro interior e exterior.

Já anteriormente aqui coloquei uma foto do Jardim Ministro Duarte Pacheco, com o titulo: Fim de Vida? Hoje quis mostrar o trabalho que por lá está a ser feito na recuperação da Casa Seixas, podem apreciar o estaleiro montado no jardim, bem como as paredes já recuperadas no interior da casa. Espero ansiosamente pela conclusão da obra, a cidade necessita urgentemente de movimento de gentes na "Baixa".

Esta é a Torre sul do Castelo, não tão bela como a Torre norte, mas, é a mais utilizada para eventos. Tem apenas uma entrada em que o acesso é feito por uma escada em ferro, uma vez que a porta está a alguns metros de altura do nível do solo. Nela são feitas ao longo do ano, exposições variadas. Tem dois pisos interiores e acesso ao "telhado" de onde se pode apreciar uma bela vista da parte mais antiga da cidade. Mesmo ao seu lado encontra-se o famoso "Mamarracho", obra contemporânea do IPAR, mais conhecido pelo "Bar dos Castelos".

Eis talvez umas das mais belas portas da cintura muralhada do Castelo de Pinhel, situada junto  à Casa dos Correia Azevedo. Ao seu lado ainda se encontra a torre de menagem, em bom estado de conservação. Quem por ali passar de noite pode apreciar a iluminação que foi colocada recentemente, acrescentando mais beleza e vigor ao local.

Eis outro magnifico exemplar de brasão, este situado no Solar dos Corte Real, na Rua Tenente Beirão. Solar que segundo o Livro "Pinhel Falcão" de Ilídio da Silva Marta, pertenceu ao Capitão-mor Manuel Maria Metelo Côrte-Real da Cunha Vasconcelos.

Fachada traseira do edifício do Museu Municipal, esta entrada fica em frente ao edifício do Posto de Turismo. (foto nocturna)

Paisagem vista da Torre Sul do Castelo, podem apreciar a Torre do Relógio, o Parque Municipal "A Trincheira" e ao fundo as antigas instalações da Fábrica Rhode.

Podem ver do lado esquerdo um pinheiro, encimado por um falcão e nas suas raízes um coelho, símbolo da Cidade de Pinhel, acompanhado pela esfera armilar, ao centro, talvez outrora um altar onde estaria possivelmente uma imagem de um qualquer santo ou padroeiro??, e do lado direito o Escudo das Armas de Portugal, mas não o actual. Sinceramente não sei o significado nem o porquê de se encontrar numa casa, mais propriamente do lado esquerdo na sua fachada. Histórias ouvi quando pequenino, de que aquela foi a primeira casa de Pinhel construída fora de muralhas, mas nunca tal história foi confirmada oficialmente.

Torre situa-se no Largo Ministro Duarte Pacheco, fazendo parte da cintura amuralhada do Castelo, que ai se encontra cortada. Possui apenas dois relógios, o do sul e o do este,  e no cimo um galo pintado de vermelho com certa de dois metros de altura. Foi usada em tempos como arquivo dos livros municipais. Não sei precisar o ano da sua construção. Sofreu recentemente uma intervenção de restauro e recuperação, estando hoje mais dignificada. Conta o meu pai José Lourenço Marques Manta, que por volta de 1951/52, tinha ele 14/15 anos, o meu avô César Manta, na altura responsável pelo relógio da torre, o terá mandado dar corda ao relógio, de lembrar que naquela altura não havia a iluminação pública que há hoje, então o meu pai lá foi cheio de receio cumprir a ordem e no regresso só parou à porta de casa, de tanto correr tal era o medo do escuro da noite.

Actual edifício do Posto de Turismo, foi outrora uma Capela, sendo edificada pelo Deão da Sé da Guarda, Dr. Manuel Falcão em 1640. Exibe dois pórticos; o lateral, encimado pelas armas da família; o principal encimado por uma epigrafe. Em seu redor vê-se cinco "gargulas", "canos de canhão" por onde vertiam as águas da cobertura (antes da alteração desta).

Representada por um pinheiro e no seu cimo um falcão, estas são as armas da cidade que se encontram na parede da fachada Norte do Museu Municipal.

Edifício do séc. XVIII, localizado junto à "Casa Grande" na Praça Sacadura Cabral, é hoje o actual Museu Municipal. Foi também Tribunal da Correição, Câmara Municipal até 1933 e Escola Primária até 1942. No seu exterior do lado esquerdo vê-se um brasão joanino das Armas Nacionais e no salão do piso superior pode ver-se no tecto um brasão em madeira com as armas  da cidade.