Felizmente que este belo exemplar de brasão está (vai estar) a ser bem tratado, já que se encontra inserido no futuro edifico da Câmara Municipal, actualmente a sofrer uma total intervenção de restauro.
Para quem não sabe, chama-se lagareta a monumentos arqueológicos escavados na rocha e utilizados, antigamente, no fabrico do vinho. Apesar de não haver documentação que refira directamente este tipo de estruturas, é provável que a maioria fosse destinada à transformação da uva. Com efeito, o plantio da vinha está bem documentado desde a época medieval, contrariamente ao plantio da azeitona, e analisando a distribuição dos lagares verifica-se que a totalidade se localiza em altitudes compatíveis com o plantio da vinha. É ainda provável que estas estruturas se localizassem dentro das próprias vinhas. Nos terrenos perto da aldeia de Freixedas, mais propriamente na Quinta da Sainça, existem várias, razoavelmente conservadas mas sem sinalização ou conservação do seu meio circundante. Lamente-se o seu abandono total.
Situado no actual edifício do IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional) na rua Silva Gouveia, temos um exemplar bonito e ornamentado do símbolo de Pinhel, mas de referir que no meu entender existe uma incongruência no símbolo, senão vejamos: - Nas gravuras existentes (in Pinhel Falcão , de Ilídio da Silva Marta), o coelho junto às raízes do pinheiro está do lado esquerdo e aqui está no lado direito. Acho que existiu um equivoco na feitura deste exemplar. Talvez nem o Dr. Marcelo Caetano deu por ele, quando em 12 de Outubro de 1969 ali discursou na varanda por baixo deste brasão, aquando da sua visita pelo distrito da Guarda, sendo este na altura o edifício da Câmara Municipal.
A pouco mais de 1 km de Pinhel, encontrasse a interessante Ermida de Nossa Senhora da Torre, que se eleva sobre o Vale de Santiago. É um templo modesto, alvo de grande devoção. A festa anual celebra-se a 15 de Agosto e é, ainda hoje muito concorrida.
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